Design e sustentabilidade: uma iniciativa que dá certo
A sociedade tem cada vez mais se conscientizado e se interessado pelo mercado sustentável, ideia que viabiliza o menor impacto possível na natureza. O design sustentável tem sido muito procurado e valorizado, já que possibilita o menor uso de recursos para a criação de soluções importantes e esteticamente agradáveis em um produto.
O design sustentável precisa levar em consideração elementos essenciais que envolvem tanto o processo de desenvolvimento dos produtos quanto os conceitos. A eficiência e o pouco impacto ambiental, por exemplo, são primordiais para esse setor, que tenta diminuir ao máximo o desperdício e busca aumentar seu tempo de vida, valorizando a matéria-prima e não abalando seu entorno.
Ideia sustentável
As alterações climáticas, quando ocorrem com frequência em um curto período de tempo, e o aquecimento global, provocado pela emissão dos gases de efeito estufa, fazem com que catástrofes ambientais aconteçam, como enchentes e enxurradas. A extensão dos danos nas propriedades ou o número de vítimas que resulta de um desastre natural dependem da capacidade da população de resistir ao ocorrido e da intensidade com que ocorrem.
Os desastres naturais, quando afetam grande parte de uma localidade, podem acarretar grandes prejuízos aos cofres públicos, além de desabrigar milhares de famílias, que em questão de minutos se deparam com a perda total de seus lares e bens materiais. Para minimizar os danos causados por essas catástrofes são necessários a solidariedade e o voluntariado de pessoas que não foram atingidas.
Em janeiro de 2017 o município de Rolante, no Vale do Paranhana, foi tomado por uma enxurrada. Na ocasião, 6,6 mil moradores foram atingidos pela enchente e cerca de 400 famílias ficaram desabrigadas, gerando prejuízo superior a R$ 70 milhões.
Sensibilizada com as constantes catástrofes, a diplomada pelo curso de Design da Univates Jéssica Rempel encontrou na formação uma oportunidade de auxiliar as famílias atingidas. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) desenvolveu um abrigo emergencial, produzido com materiais alternativos.
(Foto: Artur Dullius)
A fim de diminuir os custos, sem comprometer a usabilidade, Jéssica aderiu aos conceitos do design sustentável para projetar o material. Na montagem da estrutura, utilizou madeira de bambu com tratamento de impermeabilidade. Já na parte externa desenvolveu um casco de alumínio e cobertura composta de lona de juta com algodão. Além disso, o projeto também contempla a disponibilização de uma luminária portátil a energia solar.
Com isso, além de tornar o material até quatro vezes mais acessível economicamente (aproximadamente R$ 3 mil), o peso do abrigo foi reduzido. Podendo ser montado em 30 minutos, o abrigo improvisado comporta até cinco pessoas por aproximadamente 10 dias.
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